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Vai Ser Como Se Eu Tivesse Morrido
Editora: KOTTER EDITORIAL
Avaliação:
R$ 49,70 á vista
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Fora de estoqueCódigo: 9786553612730
Categoria: Poesia
Descrição Saiba mais informações
Em Vai ser como se eu tivesse morrido, Ederson Hising brinca com a ideia de que pra estar vivo basta morrer algumas vezes. É por precisar de uma prova de vida que seus poemas trazem imagens concretas e um ponto de paragem, o corpo, que se opõem ao abstrato do fim. Ao inaugurar novos óbvios com relações pouco prováveis, Ederson dá conta de trabalhar o desejo, um pulso que mantém a gente seguindo, um trato com o tempo. O livro traz poemas curtos, lapidados com um bisturi, e poemas longos, inebriantes pelo som das palavras – um aparente improviso que não se faz sem técnica. Ederson é um jornalista que é também poeta, mas antes disso é um poeta que é também jornalista e está cansado de contar mortos. ***deixa o poeta dizer que o livro é sobre morrer várias vezes e seguir vivendo. quem lê decide. para entrar no livro separe seu sorriso de baleia, esteja disposto a “capotar uma reta”, empreste a boca do poeta. interessa aqui testemunhar o mundo com uma pressa pequena, reescrevê-lo pelos caroços e frestas, suspendê-lo quando se prova absurdo ou antecipa o fim. trata-se, ao mesmo tempo, de receber o estado geral das coisas e operar inconscientemente para alterá-las. muitas imagens flutuam, um tanto do inútil concreto da vida te tira do sonho. o que nos gruda ao presente é a nossa finitude, talvez por isso a pergunta: de que vale a festa? você está convocado, e além de você, uma e outra ela, alguns mortos, todos os eus do próprio poeta, que apela, ouve o chamado? se for pra falar em voz alta é preciso alguém que lhe olhe os dentes. tão claro que depois da festa te sobre um pouco pra pensar, pra se arrepender, pra nutrir vontade; e mesmo assim, quando você vê lá se foi mais um dia. amanhã você recomeça a fazer o que se faz com as horas e “esquecer o que se faz com as horas”. guardando as devidas proporções, mascamos chicletes enquanto velamos a vida, pelo quente do corpo seguimos vivos. que tudo acaba é mentira, então os poemas deste livro fazem um pouco disto: dão conta do fim como se fosse o último. e de novo. daí encomendar o futuro numa lápide. ser palavra é tudo que temos. Mayara Blasi
Páginas | 84 |
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Data de publicação | 07/05/2024 |
Formato | 16x23 |
Largura | 16 |
Comprimento | 23 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 1 |
Altura | 1 |
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