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Todos se Lavam no Sangue do Sol
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As melhores mãos apedrejam e afagam com a mesma tranquilidade
Um novo dia em Salvador. A cidade de matriz africana que pulsa e joga para o mundo seus filhotes. Cidade parideira das divindades literárias. Desse ventre surgiu Gregório e sua poesia do inferno, surgiu Castro para libertar, surgiu Jorge para ser amado, surgiu Ubaldo para falar do povo, surgiu Myriam para florescer o feminino mitológico. Muitas vozes surgem e ecoam no Recôncavo Baiano, mas muitas vozes também são silenciadas e abraçadas pela mudez eterna de um socorro.
Ela é escaldante, explosiva e lasciva. Entre suas ruas e seu sol incansável transitam trabalhadores empenhados, religiosos astutos, pilantras descuidados e mulheres ambiciosas. Entre a cidade baixa e a cidade alta, tais histórias se dissolvem e diluem, deixando um rastro de sangue e vida como recompensa. Um lugar reconhecido como Salvador de poucos e executor de muitos.
Todos se Lavam no Sangue do Sol começa em um nervoso, porém bem-sucedido assalto a uma joalheria do Centro de Salvador. No interior de um bar próximo ressoam os tiros, o sangue tinge as pedras do calçamento, bandidos mascarados disparam em uma fuga desenfreada. A partir desse momento, os envolvidos diretos e indiretos no crime serão convidados a encarar as consequências inimagináveis de suas ações.
Salvador se organiza em muitas camadas e dessa mesma forma o romance de Paulo Raviere reúne um heterogêneo plantel de personagens, entre eles um guitarrista frustrado, um religioso colecionador de artes, um italiano astuto e comilão, um político decadente, um traficante cheio de si, uma jovem misteriosa e um estudante de cinema mimado pelos pais. Juntos, eles convivem em meio à glória passada e à ruína total de uma cidade que já foi uma das maravilhas do país.
Com uma narrativa à queima-roupa, Raviere nos transporta para um universo próprio com muito temperos, criando um molho ácido e tarantinesco regado a muito sangue, suor e dendê, e mais especificamente para os filmes O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, e Snatch, de Guy Ritchie. Na literatura, impossível não recordar da mão pesada de João Ubaldo Ribeiro, Ricardo Piglia em Dinheiro Queimado e Donald Ray Pollock.
Berço de grandes poetas, mulheres sagazes e boêmios irrecuperáveis, Salvador é o cenário perfeito para um romance que equilibra o refinamento narrativo de Paulo Raviere e as ilustrações vibrantes de Alcimar Frazão, quadrinista e ilustrador que já emprestou seu traço à edição de O Médico e o Monstro e Outros Experimentos, de Stevenson (DarkSide® Books, 2019). Como resultado, Todos se Lavam no Sangue do Sol é mais que um livro: é uma fatia viva da cidade de Salvador.
Páginas | 224 |
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Data de publicação | 28/11/2022 |
Formato | 23 x 16 x 3 |
Largura | 16 |
Comprimento | 23 |
Acabamento | Capa Dura |
Lombada | 3 |
Altura | 3 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | FIC089000; FIC002000 |
Classificações THEMA | FB; FJ |
Idioma | por |
Peso | 0.6 |