Se tivéssemos que escolher uma única palavra para descrever o povo negro, com certeza seria resistência. Para que a presente geração pudesse chegar até aqui, muitos homens e mulheres precisaram enfrentar horrores inimagináveis, sendo obrigados a deixar o lugar ao qual chamavam de lar e a passar por atrocidades na mão dos escravagistas. E eles lutaram, tanto pela própria liberdade quanto pela de seu povo.

Em Rastros de resistência, Ale Santos reconta a história de alguns desses homens e mulheres, como Nanny, a rainha axânti que libertou vários escravizados para manter as tradições africanas que resistem até hoje na Jamaica.

Ou Chico da Matilde, também conhecido como Dragão do Mar, que teve papel fundamental no movimento abolicionista do Ceará ao se recusar a transportar em sua jangada escravizados que seriam levados às províncias do Sul do Brasil.

Também conta a história de Benjamim de Oliveira, considerado por muitos o primeiro palhaço negro e que exerceu grande influência no meio artístico brasileiro. São mais de vinte histórias, e, a cada uma, Ale Santos devolve esses personagens ao lugar que deveriam ocupar em nossos livros de História: o de heróis.