Este estudo conciso e rigoroso examina o crescimento da intervenção europeia em regiões fora da Europa entre 1860 e 1914. O objeto de O Imperialismo Europeu, 1860-1914 é o "imperialismo" entendido como um processo de crescente contato, influência e controle, sendo que as suas páginas não procuram discutir, em profundidade, impérios concretos ou debater a natureza e as consequências da dominação colonial. Apesar de a palavra "imperialismo" ter sido amiúde desconsiderada como "imprópria para acadêmicos", continua a ser amplamente utilizada. Os problemas de definição são por isso apreciados de forma muito atenta nesta obra, tal como as diferentes abordagens analíticas ao "imperialismo". Delineando, de modo deliberadamente sintético, os contornos da controversa bibliografia que versa o tema, a obra trata também as críticas tecidas a cada proposta de explicação e apresenta aos leitores algumas das principais direções de investigação e pesquisa atualmente exploradas pelos historiadores. Andrew Porter fornece uma revisão clara da vasta bibliografia historiográfica sobre este tema, destacando assim os vários problemas de explicação histórica a ele associados. O livro dá também a conhecer, a um público mais alargado, material recente relativamente inacessível e comenta de forma sucinta importantes autores como Lenin e Schumpeter.