O amante da China do Norte, livro de Marguerite Duras, é ambientado na Indochina da década de 1920. Trata-se do relato da paixão de uma adolescente branca e pobre por um chinês muito rico e proibido de amá-la. Permeiam a história questões político-sociais contundentes, marcadas por uma postura sempre crítica em relação ao mundo e ao próprio sujeito. A relação de Duras com o cinema e com o existencialismo é evidente em sua obra. Com uma escrita descritiva, porém concisa e forte, têm lugar privilegiado nesta narrativa a infância e questões autobiográficas, além é claro das perspectivas essencialmente humanas, como o amor e a inevitabilidade da morte.